Um autocarro nocturno trepidante, meio cheio, meio vazio, cheio dos cheiros da noite anterior.
Um copo, quieto, instalado entre os bancos, serve de companhia.
Os duro são assim: fazem-se acompanhar de exemplares económicos (daquelas séries oferecidas pelos jornais de referência) da Balada da Praia dos Cães e de copos vazios ainda a cheirar a gin-tónico.
Útil instrumento para estragar a cara de algum mitra que peça um cigarro ou um euro.
A viagem é marcada pelo pensamento de chegar a casa e pensar nas coxas que se agitaram à sua frente, durante a noite, sob jeans apertados.
Nada se concretiza.