uma nuvem vulcânica a abrasar a luz do dia
grilhões ressoam no solo com um tilintar demoníaco.
arrastam-se massas humanas para o despenhadeiro
que da sua boca larga almeja tragar os seres
porfiantes por um lugar afastado da aresta.
soam os sinos tristes marcando o ritmo
da procissão apocalíptica em marcha.
um burburinho de pranto se faz ouvir
das bocas tortas e pastosas.
um ar pestífero impregnado
com os grossos lamentos
de quem se arrepende
dum vida torta
de devassidão.