o senhor doutor acha que há três dias que se metem nas ranhuras dos corpos levitantes de manhã à noite entre palavras e agressões menos benéficas que um cigarro que acende uma conversa no café da esquina enquanto um jornal é lido ao sabor duma cerveja entornada nas mesas sujas duma lavandaria de desejos mal aplicados no quotidiano que se transforma ele próprio num sonho com carências alimentares de níveis bastante avançados como relógios que andam para à frente e para trás nos ponteiros dos barcos que partem todas as manhãs para a dureza do mar que tanta vida parte para outro lado qualquer mais obscuro e sombrio que o oceano negro da competência das marés roliças que engrossam as margens das tagarelices das comadres que cozem o pão com a linha do cachecol de lã de ovelha que faz papas maravilhosas.
pelo menos é o que consta da gastronomia hipotética um tanto ou quanto sem sal e saloia.